Savior Redeemer of My Soul - Dallyn Bayles, Jenny Oaks Baker & Lyceum Ph...

Dessa vez demorei um pouquinho mais para escrever, pois passei uma semana no hospital, foram exatamente sete dias. Nesses nove anos de lesão medular, eu já entrei e saí de hospital tantas vezes, que já perdi as contas. E também dessa vez, eu protelei a ida para o hospital porque eu tive febre e parecia que eu sabia que iria ficar internada.

Não é só por mim que não gosto de ficar internada, mas também porque já aconteceu outras vezes de eu ir para uma consulta ou uma cirurgia que de acordo com o médico era simples e ficar um mês, três meses na UTI e isso é muito difícil para nós adultos, quanto mais difícil é explicar para uma criança, uma filha!

Bom, mas eu não tenho só coisas tristes para compartilhar, não. Na sexta-feira enquanto estava no hospital, eu recebi uma visita muito especial das minhas professoras visitantes e elas compartilharam uma mensagem que me tocou muito, começava assim: "Cristo sentiu toda a tristeza que sentirei na vida, por isso pode me consolar". Falava também do sofrimento do profeta Joseph Smith e dos primeiros Santos membros da Igreja de Jesus Cristo. Me deram uma lembrancinha que contem um pensamento para cada dia, que gostei muito. Lembro que naquele dia senti meu coração confortado.

No sábado a presidente da Sociedade de Socorro foi me visitar e nós rimos um pouco, pois tanto a minha acompanhante como a irmã Socorro moraram em sitio e lembraram de muitas experiências engraçadas. Também no domingo enquanto estava estudando as escrituras eu pedi para o Alexandre colocar hinos para tocar, quando estou muito preocupada, ansiosa, com medo os hinos têm o poder de me acalmar. Naquele dia estava muito ansiosa, querendo vim logo para casa e também por ser domingo eu gostaria de estar na Igreja, mas depois de ouvir alguns hinos e estudar as escrituras me senti melhor.

À noite de segunda-feira foi a mais difícil porque eu estava com tanta dor que dava para ver as minhas veias e nervos saltando; falei com a enfermeira e ela mandou aplicar uma medicação - disse que assim eu iria conseguir relaxar - As horas passaram, deu meia noite, duas da madrugada; eu vi que não iria conseguir relaxar, orei ao Pai Celestial e pedi de todo meu coração que Ele amenizasse a dor, depois fechei os olhos e graças ao Senhor consegui dá um cochilo.

Sabe, às vezes eu penso, no porque que eu escrevo essas minhas experiências em um blog que algumas pessoas leem, o que se passa no meu coração e percebi que além de querer prestar o meu testemunho da Mão do Senhor na minha vida, descobri a pouco tempo que quando as pessoas compartilham suas histórias, elas passam por um processo de cura. Gostei disso, é bom saber que enquanto escrevo; vou cicatrizando as feridas que ainda restam dentro de mim, apesar de reconhecer que o meu Salvador já cicatrizou 96%.  E novamente graças ao Senhor na quarta-feira voltei para casa!