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quarta-feira, 16 de outubro de 2013

Somente o Mestre conhece a profundidade de nosso sofrimento

Na última conferência que se realizou na primeira semana de setembro deste ano, tiveram dois discursos que me tocaram muito. Foi o discurso do Presidente Thomas S.Monson e do Élder Jeffrey R. Holland  Do Quórum dos Doze Apóstolos. Sabe quando você ouve palavras de conforto, de esperança? Foi exatamente isso que senti! Eu não pude conter as lágrimas. Quando nossa vida flui de maneira normal, talvez não sintamos tanto guando ouvimos palavras assim, mas guando passamos por uma provação mortal muito difícil, uma provação que as pessoas podem até tentar imaginar como é, mas que somente o Senhor e a pessoa que sofre  sabe. Digo isso porque a dor neuropática é uma dor que além de não ter cura é muito difícil de ser tratada. lembro-me da primeira vez que fui me tratar no hospital  Sarah Kubitschek, logo na primeira consulta; quando comecei a falar dessas dores o neurologista logo me perguntou: - é como comichão, choque eléctrico   dormência, formigamento, queimação, câimbra, cólica? suspirei aliviada por alguém finalmente dizer que o que eu sentia não era psicológico, era real. Receitou remédios muito fortes pra dor, mas ao longo dos anos as medicações perdem o efeito; resultado disso terei que fazer uma cirurgia para tentar amenizar essas dores.

Eu postei aqui algumas palavras do Presidente Thomas S.Monson porque eu sinto que alguém que esteja passando por dificuldades, provações que não encontram consolo terreno; precisam de uma mensagem tão inspirada, que venha do Pai Celestial através do Profeta Thomas S.Monson. Porque eu acredito que assim como Deus chamou Profetas desde o principio da vida na terra; Ele continua chamando no tempo atual.
7 Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas. Amós 3:7
O Link dos dois discursos que mencionei: Aqui e Aqui



Presidente Thomas S. Monson
Irmãos e irmãs, há seis meses quando nos reunimos em nossa conferência geral, minha querida esposa, Frances, estava no hospital, após ter sofrido uma terrível queda, poucos dias antes. Em maio, após semanas de valorosa luta para superar as lesões que sofreu, ela passou para a eternidade. A perda foi profunda. Ela e eu nos casamos no Templo de Salt Lake em 7 de outubro de 1948. Amanhã seria nosso aniversário de 65 anos de casamento. Ela era o amor da minha vida, minha confidente leal e minha melhor amiga. Dizer que sinto saudades dela é muito pouco para transmitir a profundidade de meus sentimentos.
Esta conferência marca os 50 anos desde que fui chamado para o Quórum dos Doze Apóstolos pelo Presidente David O. McKay. Por todos esses anos, senti o apoio pleno e completo de minha querida companheira. Incontáveis foram os sacrifícios que ela fez para que eu pudesse cumprir meu chamado. Nunca ouvi uma palavra de reclamação dela quando frequentemente precisava passar vários dias e, às vezes, semanas longe dela e de nossos filhos. Ela foi um anjo, realmente.
Meu maior consolo neste momento terno de despedida tem sido o testemunho do evangelho de Jesus Cristo e o conhecimento que tenho de que minha querida Frances ainda vive. Sei que nossa separação é temporária. Fomos selados na casa de Deus por alguém que tinha autoridade para unir na Terra e no céu. Sei que seremos reunidos um dia e que nunca mais nos separaremos. É esse conhecimento que me dá alento.
Irmãos e irmãs, podemos presumir com segurança que nenhuma pessoa viveu inteiramente livre de sofrimento e de tristeza, nem houve um período sequer da história da humanidade que não tivesse seu pleno quinhão de tumultos e infortúnios.
Quando o caminho da vida segue um rumo cruel, a tentação é perguntar: “Por que eu?” Às vezes, parece não haver luz no fim do túnel, ou alvorecer no final da escuridão da noite. Sentimo-nos envolvidos pelo desapontamento de sonhos destruídos e o desalento de esperanças desfeitas. Fazemos nossa a súplica bíblica: “Não há bálsamo em Gileade?” Sentimo-nos abandonados, desconsolados, sozinhos. Ficamos inclinados a ver nosso próprio infortúnio pessoal através do prisma distorcido do pessimismo. Tornamo-nos impacientes por uma solução para nossos problemas, esquecendo que frequentemente nos é exigida a virtude celeste da paciência.
As dificuldades que surgem são um verdadeiro teste de nossa capacidade de perseverança. Resta uma pergunta fundamental que cada um de nós precisa responder: Vou desistir, ou vou terminar a corrida? Alguns desistem quando se sentem incapazes de superar suas dificuldades. Terminar envolve perseverar até o fim da própria vida.
Ao ponderarmos as coisas que podem acontecer a todos nós, podemos dizer, tal como Jó na antiguidade: “O homem nasce para a tribulação”. Jó era um homem “íntegro, reto e temente a Deus e desviava-se do mal”. Muito piedoso em sua conduta, próspero em sua fortuna, Jó iria enfrentar um teste que poderia ter destruído qualquer pessoa. Despojado de suas propriedades, escarnecido por seus amigos, afligido por seu sofrimento, abalado pela perda de sua família, foi-lhe dito: “Amaldiçoa a Deus, e morre”.  Ele resistiu a essa tentação e declarou do fundo de sua nobre alma:
“Eis que também agora a minha testemunha está no céu, e nas alturas o meu testemunho está”.
“Eu sei que o meu Redentor vive.” Jó manteve sua fé. Será que faremos o mesmo ao enfrentar os desafios com que nos depararemos na vida?
Sempre que estivermos inclinados a nos sentir sobrecarregados com as dificuldades da vida, lembremo-nos de que outros passaram pelas mesmas coisas, perseveraram e venceram.
No leito de dor, em nosso travesseiro molhado de lágrimas, somos elevados para o céu por esta divina certeza e preciosa promessa: “Não te deixarei nem te desampararei”. Esse consolo não tem preço.
Nosso Pai Celestial, que nos dá tantas coisas com as quais podemos nos deleitar, também sabe que aprendemos e crescemos e nos tornamos mais fortes quando enfrentamos e sobrevivemos às provações pelas quais precisamos passar. Sabemos que há ocasiões em que sentiremos uma tristeza devastadora, em que sofreremos e nas quais poderemos ser testados até o nosso limite. Contudo, essas dificuldades permitem que mudemos e nos tornemos melhores, que reconstruamos nossa vida da maneira que o Pai Celestial nos ensina e que nos tornemos diferentes do que somos: melhores e mais compreensivos, com mais empatia, com um testemunho mais forte.
Somente o Mestre conhece a profundidade de nossas provações, nossas dores e nosso sofrimento. Somente Ele nos oferece paz eterna nos momentos de adversidade. Somente Ele toca nossa alma torturada com Suas palavras de consolo:
“Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.
Seja nos melhores ou nos piores tempos, Ele está conosco. Ele nos prometeu que será sempre assim.

2 comentários:

  1. Querida Claudia, estamos sintonizadas nos mesmos sentimentos! Assim como aconteceu com você, os dois discursos citados aqui em seu post me levaram às lágrimas. Em especial, o discurso do Élder Holland preencheu-me o coração, fez-me ver e sentir mais uma vez que o Senhor cada um de seus filhos, nas circunstâncias em que se encontram, que Ele sabe de nossas dores e nos quer dar Seu alento! Passei por algo que não ouso comparar com suas provações, mas que foi retratado no discurso do Élder Holland, e foi maravilhoso me sentir compreendida, mesmo após vários anos de superação em relação a 'dor da mente' que me coube enfrentar.
    O discurso do Profeta Thomas S. Monson, do mesmo modo e por motivos semelhantes, me comoveu às lágrimas. Esse amado homem de Deus tem o dom de nos confortar e abençoar! Senti-me tão querida pelo Senhor, e tão queridos são todos os meus irmãos! Realmente, somos elevados aos céus pela certeza de que Ele não nos desampara, não nos deixa, mas nos permite vislumbrar a glória que se seguirá se formos fiéis em nossas provações terrenas.
    Você é um grande exemplo para mim, especialmente por não ficar sentindo pena de si mesma mas, ao invés disso, vir aqui dar seu testemunho de fé de que Deus vive e nos ama! Você me ajuda a querer ser alguém melhor, minha querida amiga, e sinto imensa força em suas palavras.
    Um forte abraço, uma linda e abençoada semana!!!

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  2. Linda mensagem essa feita pelo presidente Monson.

    Como você mesma disse somente o mestre conhece a profundidade de nossas dores... Ele não nos deixou órfãos... quando não entendemos o motivo de algumas coisas ruins acontecerem conosco, devemos andar pela fé... e lembrar sempre de que essa vida é apenas um passo... "um pequeno passo..."

    Beijos,
    Verônica

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