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sábado, 19 de julho de 2014

Deste lado do véu ou do outro


Gosto muito de ver histórias de pessoas que apesar de suas aflições nessa vida terrena, perseveram na fé e a  história desse jovem me inspira a ser um pouquinho melhor, pois como o Presidente Thomas S. Monson fala em sua mensagem; esse jovem é um exemplo de retidão. 
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Há muitos anos, falei de alguém que seguiu o exemplo do Salvador, permanecendo firme, forte e digno ao enfrentar as tempestades da vida. Ele corajosamente magnificou seus chamados no sacerdócio e deixou um exemplo para todos nós. Seu nome era Thomas Michael Wilson, filho de Willie e Julia Wilson, de Lafayette, Alabama.
Quando era ainda adolescente, e ele e a família ainda não eram membros da Igreja, foi acometido de câncer, seguindo-se uma dolorosa radioterapia e uma abençoada remissão. A doença fez com que a família se desse conta de que não só a vida era preciosa, mas que também podia ser curta. Começaram a procurar uma religião para ajudá-los nos momentos de tribulação. Mais tarde, conheceram a Igreja e acabaram sendo batizados, com exceção do pai.
Depois de aceitar o evangelho, o jovem Irmão Wilson ansiava pela oportunidade de ser missionário, mesmo sendo mais velho do que a maioria dos rapazes que começavam a servir. Aos 23 anos de idade, recebeu o chamado missionário para servir na Missão Utah Salt Lake City.
Os companheiros missionários do Élder Wilson descreveram sua fé como imutável, inquestionável e inabalável. Ele foi um exemplo para todos. Contudo, após 11 meses de serviço missionário, a doença retornou. Um câncer ósseo exigiu que seu braço e o ombro fossem amputados. Ainda assim, ele continuou a trabalhar como missionário.
A coragem do Élder Wilson e seu ardoroso desejo de permanecer na missão tocaram de tal forma o pai, que não era membro, levando-o a pesquisar os ensinamentos da Igreja, acabando também por se filiar a ela.
Fiquei sabendo que uma pesquisadora que o Élder Wilson havia ensinado fora batizada, mas quis ser confirmada pelo Élder Wilson, a quem muito respeitava. Acompanhada de algumas pessoas, ela viajou até o hospital onde o Élder Wilson estava internado. Ali, com a mão que lhe restara apoiada na cabeça dela, o Élder Wilson a confirmou membro de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
O Élder Wilson continuou, mês após mês, realizando seu precioso, mas doloroso trabalho missionário. Bênçãos foram dadas, orações foram proferidas. Devido a seu exemplo de dedicação, seus colegas missionários se achegaram mais a Deus.
O estado de saúde do Élder Wilson foi piorando. O fim estava próximo, e ele teve que voltar para casa. Ele pediu para servir por mais um mês, e seu pedido foi concedido. Ele depositou sua fé em Deus, e Aquele em quem Thomas Michael Wilson serenamente confiava abriu-lhe as janelas do céu e derramou inumeráveis bênçãos sobre ele. Seus pais, Willie e Julia Wilson, e seu irmão Tony, vieram até Salt Lake City para ajudar o filho e irmão a voltar para casa, em Alabama. Contudo, ainda havia uma bênção, pela qual muito se havia orado e esperado, a ser concedida. A família convidou-me para ir com eles até o Templo de Jordan River, onde aquelas sagradas ordenanças que unem a família para a eternidade, bem como para esta vida, foram realizadas.

Eu disse adeus à família Wilson. Ainda vejo na mente o Élder Wilson, quando me agradeceu por estar com ele e seus entes queridos. Ele disse: “Não importa o que nos aconteça nesta vida, desde que tenhamos o evangelho de Jesus Cristo e o vivamos. Não importa se vou ensinar o evangelho deste lado do véu ou do outro, contanto que eu o ensine”. Que coragem! Que confiança! Que amor! A família Wilson fez a longa viagem de volta para Lafayette, onde o Élder Thomas Michael Wilson se despediu deste mundo e seguiu para a eternidade. Ele foi sepultado ali, usando sua plaqueta missionária.

Presidente Thomas S.  Monson
 
 
 





 

 
 

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